O economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, defende que “todos [os países] têm de fazer qualquer coisa”, para ajudar a zona euro a sair da crise. |
Países como a Alemanha, que têm excedentes externos, devem ajudar os que precisam de reforçar a competitividade.
Os países com um excedente externo devem permitir um aumento salarial que dinamize a procura interna e ajude a crescer os países numa situação mais difícil. A recomendação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pode ser entendida como um recado à Alemanha.
Os países com um excedente externo devem permitir um aumento salarial que dinamize a procura interna e ajude a crescer os países numa situação mais difícil. A recomendação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pode ser entendida como um recado à Alemanha.
"Há necessidade de um ajustamento nos salários e nos preços dentro da zona euro, para que os salários possam impulsionar a procura interna nos países que apresentam um excedente externo e restaurar a competitividade dos países com défice externo", diz o ‘Economic Outlook', divulgado ontem pela OCDE. "Todos têm de fazer qualquer coisa", concluiu o economista-chefe daquela organização, Pier Carlo Padoan. A Alemanha é um dos visados nesta mensagem, já que apresenta uma posição excedentária - um saldo positivo de 5,4% do PIB para este ano, segundo os cálculos da organização liderada por Angel Gurria - e praticou nos últimos anos uma política de contenção salarial.
Uma subida dos salários na maior economia da zona euro reforçaria a procura interna, aumentando as importações e, assim, ajudando os países deficitários, como Portugal, a impulsionar as exportações. Portugal seria, aliás, um dos grandes beneficiários desta medida, já que a Alemanha é o segundo maior comprador de produtos nacionais.
Fonte: Economico
Nenhum comentário:
Postar um comentário