Ladrilhos preservados na fábrica / Foto: Fabrício Pedroza |
Recuperação – Como boa parte das fábricas da época, a Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil não resistiu aos entraves e pediu falência em 1961. Abandonada por muito tempo, foi somente um século depois do lançamento de sua pedra fundamental que o local foi recuperado e deu espaço ao Centro Integrado Rio Anil (Cintra), com projeto do arquiteto Fabrício Pedroza. Adotou-se para o novo Centro a mesma cor azul da antiga Fábrica, segundo a lembrança dos velhos moradores do bairro.
O prédio tem cobertura composta por uma estrutura forjada na Inglaterra e telhas francesas. A fachada principal apresenta 14 módulos, com cobertura em duas águas, formando pequenos frontões com óculos centralizados. O interior foi reestruturado em dois pavimentos de salas de aula e administrativo com circulação em forma de mezaninos e largas escadas em madeira, com alguns pilares em troncos retorcidos. Antes imensas salas abrigavam os teares.
Fachada da atual escola na época da reinauguração |
O desafio era compartimentar essas grandes áreas sem deixá-las escuras. Para isso aproveitaram-se as grandes janelas de guilhotinas em madeira e vidro que rasgam toda a extensão da antiga fábrica, além de telhas de vidro localizadas estrategicamente nas circulações internas que garantiram a ventilação e iluminação. Em alguns pontos há jardins de inverno, iluminados por abertura no telhado, sem nenhum prejuízo às formas originais. Ainda é possível encontrar corredores revestidos com ladrilhos hidráulicos e alvenaria em pedra aparente que destaca a qualidade da mão de obra da construção civil do século XIX no Brasil.
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Fonte: http://passeiourbano.com
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