TÓQUIO, 12 Out (Reuters) - A Alemanha se manteve firme nesta sexta-feira na insistência de que é muito cedo para dizer se a Grécia merece mais tempo para cumprir suas metas de corte orçamentário, embora o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha mencionado a possibilidade de clemência.
O lento progresso da Grécia, da Espanha e da zona do euro de modo geral nas reformas da dívida foi a questão central nas reuniões do Fundo Monetário Internacional, apesar de a Europa ter empreendido seus melhores esforços para deixar de ser o centro das atenções.
O lento progresso da Grécia, da Espanha e da zona do euro de modo geral nas reformas da dívida foi a questão central nas reuniões do Fundo Monetário Internacional, apesar de a Europa ter empreendido seus melhores esforços para deixar de ser o centro das atenções.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, sentada ao lado do ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, disse que o governo grego precisava de mais espaço para respirar.
"Considerando a ... falta de crescimento, considerando a pressão do mercado, considerando os esforços que foram feitos, um pouco mais de tempo é necessário", afirmou ela, amplificando comentários feitos na quinta-feira.
Abrandando sua posição anterior, o FMI argumentou que forçar a Grécia e outros países pesadamente endividados da Europa a reduzir seus déficits rápido demais é contraproducente porque isso afeta a economia.
A mudança foi bem-recebida por algumas das economias emergentes, bem como por críticos de longa data, que dizem que as duras condições atreladas aos empréstimos do FMI causam problemas econômicos indevidos e fazem com que seja mais difícil para os países crescer e deixar o endividamento.
"Nós temos argumentado há algum tempo que políticas fiscais draconianas e resolutas podem ser contraprodutivas e têm uma tendência de produzir o efeito contrário", disse o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega.
Mas a Alemanha, maior país credor da Europa e peça-chave para quaisquer reformas duradouras, fez pressão contrária e disse que reverter o curso nas promessas de redução de déficit iria enfraquecer a credibilidade.
Schaeuble afirmou que a Europa obteve grande progresso no combate à crise, ecoando assim comentários de outras autoridades europeias que afirmaram que deveria ser dada maior atenção aos problemas fiscais dos Estados Unidos.
Ele criticou Lagarde por pedir flexibilidade mesmo antes de a "troika" de credores de Atenas - o FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu - terem fechado a revisão de seu pacote de ajuda à Grécia, de 130 bilhões de euros.
"Até que tenhamos o relatório da troika, não devemos especular", afirmou Schaeuble.
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