Pesquisadora: Lia Gracy Rocha Diniz

SÃO LUÍS – Na volta da série de reportagens das pesquisas presentes no periódico “Cadernos de Pesquisa”, encontramos Lia Gracy Rocha Diniz. Ela é a dona de uma pesquisa inovadora a respeito da poluição marinha, uma pesquisa que inclusive foi ganhadora no último ano do prêmio da Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão).

Foto: Lia Gracy Rocha Diniz

Abordando a presença e o impacto das substâncias que compõem as pinturas de barcos e navegações, Lia Gracy realizou seu estudo quando ainda era aluna do mestrado em Biodiversidade e Conservação, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em que ela pode observar a presença de Irgarol 1051, substância química presente na pintura de navegações para fins anti-incrustantes e antivegetativas que previnem o crescimento de bactérias e águas nos cascos das embarcações. Por meio deste estudo, a pesquisadora produziu um artigo intitulado: Os Principais métodos para análise do anti-incrustante Irgarol em ambientes marinhos e avaliação da ecotoxidade. 

No Brasil, ainda são poucos os estudos abordando essa temática e, no “Cadernos de Pesquisa”, Lia Gracy desenvolveu um artigo junto à aluna do mestrado em Biodiversidade e Conservação, Marcelle Silva de Jesus, sob orientação da professora Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco. Elas são as primeiras a pesquisar a ecotoxidade na região portuária de São Luís, levando em conta que a capital maranhense possui um dos maiores e mais trafegáveis portos do país.

Foto: Lia Gracy Rocha Diniz

Em seu trabalho, Lia Gracy destacou a importância do monitoramento sistemático do impacto das pinturas em embarcações, ressaltando os principais métodos usados para a identificação dos compostos tóxicos. Na verdade, esta temática tem sido trabalhada há alguns anos pela mestra em Biodiversidade e Conservação, mais precisamente desde a sua graduação, quando propôs, em sua monografia, uma pesquisa sobre os níveis e ecotoxicidade de metais pesados em amostras de água em uma Baía de São Luís. “Sempre cultivei interesse quanto à qualidade ambiental da região, por isso busco certa continuidade na pesquisa. Essa região estuarina tem características importantes para a sobrevivência de diversas espécies continentais e marinhas”, afirma Lia Gracy.

Agora no doutorado, a hipótese é que novos resultados sejam alcançados e, para tanto, a pesquisadora pretende aprimorar o seu trabalho sistematizando novos métodos de forma que serão analisados mais compostos anti-incrustantes simultaneamente na biota local, com a intenção ainda de ter como área de estudo não só a região portuária de São Luís, mas de outras regiões do país, “teremos os níveis de concentração de diferentes biocidas anti-incrustantes em amostras de água e sedimento em análises mais objetivas, além do estudo de outros efeitos tóxicos.

O trabalho Principais métodos para análise do anti-incrustante Irgarol em ambientes marinhos e avaliação da ecotoxidade pode ser conferido na íntegra, clicando aqui http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%209(14).pdf) ou diretamente no site do“ Cadernos de Pesquisa”: (http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/)

Pesquisadora: Lia Gracy

Perfil do pesquisador 
Lia Gracy Rocha Diniz é graduada em Química Industrial, tem mestrado em Biodiversidade e Conservação pela Universidade Federal do Maranhão e é doutoranda em Química Analítica, pelo Instituto de Química de São Carlos - USP. Ela tem experiência na área de Microbiologia, Química analítica ambiental e Ecotoxicologia aquática. Atuando principalmente nos seguintes segmentos: contaminantes de ambientes marinhos (biocidas anti-incrustantes), métodos de extração, cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e ecotoxicologia Marinha.

Fonte: UFMA