sábado, 15 de setembro de 2012

Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil (Cintra)

02/09/2012 · by Anderson Corrêa · in História. 
Fábrica Rio Anil antes de ser
restaurada/ Foto: Fabrício Pedroza
São Luís já foi um polo industrial têxtil. No final do século XIX, pelo menos dez fábricas de tecidos e fiação se instalaram na cidade, anunciando o progresso e mudança da vida social da região. A antiga Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil (Rua da Companhia, 1, Anil), construída em 30 de junho de 1893, por exemplo, foi responsável por mudar o modo de vida do bairro do Anil. Pertenceu a seis empresários de São Luís: Antônio Cardoso Pereira, Francisco Xavier de Carvalho, Manuel José Francisco Jorge, José Francisco de Viveiros, Jerônimo Tavares Sobrinho e o Cônsul da Grã-Bretanha no Maranhão, o escocês Henry Airlie, idealizador da Companhia.

Fábrica em 1908 /
Foto: Gaudêncio Cunha
Ocupou uma área de 9.991m², sendo edificada em pedra, cal e alvenaria de tijolo. E como era comum acontecer nos entorno das fábricas, uma vila operária prosperou na região e com isso diversos serviços foram sendo instalados nas proximidades do pátio fabril. A vila operária foi construída pelos empresários da fábrica com intuito de assegurar a assiduidade dos empregados, que chegou a 100 em época áurea.

Dada a importância do bairro na época, a Companhia Ferro-Carril do Maranhão construiu dez quilômetros de trilhos até o Anil, por onde circulariam bondes animálicos, que mais tarde tornou-se um dos principais trechos da malha ferroviária da cidade. Isso propiciou também o deslocamento dos operários que seguiam para o trabalho logo ao soar do apito da fábrica e também o escoamento da produção fabril que teve como apogeu a década de 1930, quando atingiu o ponto mais alto da produtividade (1 milhão metros/ano).

Desenvolvimento Entre as décadas de 1940 e 1950, o Anil desenvolveu-se grandemente, passando a ter uma boa estrutura social e de lazer, como educandários, colégios, igrejas, além de mercado público, onde funcionou mais tarde a superintendência do Anil e hoje abriga o Posto Médico, e várias lojas de tecidos. Para o lazer, dois cinemas, o Rivoli e o Anil, do campo do Botafogo, pertencente à fábrica, os banhos no Rio Anil (quando ainda era propício a tal atividade) e os famosos bailes populares.

Na fábrica, acidente tinha quase todo dia. “As linhas se soltavam e os teares voavam. Em 1959, a tubulação de uma caldeira explodiu e matou três funcionários. Outra vez, o fundo de um barril de ácido sulfúrico se rompeu, queimando os três carregadores que o transportavam. Eles foram enrolados em folhas de bananeira e levados ao hospital”, relatou João Pereira Carramilo, ex-funcionário da fábrica, à jornalista Yane Botelho.

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Companhia de Fiação e Tecido do Rio Anil

Fonte:  http://passeiourbano.com
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