segunda-feira, 24 de setembro de 2012

VANDENBERG: Um navio de guerra americano.

Underwater Art Exhibit Debuts on Artificial Reef Off Key West/ Vandenberg acabou virando o endereço de uma galeria de arte. Só que no fundo mar!
Vídeo do "VANDENBERG": Um navio de guerra americano. 

Do Fantástico - Edição do dia 23/09/2012
Aposentado em 1983, foi afundado há três anos, de propósito mesmo, para a criação de um recife artificial, com quase cento e sessenta metros de comprimento. Mas, o Vandenberg acabou virando também o endereço de uma galeria de arte.

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Roupa de mergulho, pé de pato, máscara, garrafa de oxigênio. E assim, o barco que leva a ela já pode partir.

A idéia de fazer uma exposição embaixo d'água é desse austríaco: Andreas Franke, fotógrafo profissional e mergulhador.

Andreas tirou fotos do naufrágio do Vandenberg. Fez alterações no computador. Misturou com outras imagens. Montou os quadros. Botou - em vez de ganchos ou cordas - imãs para pendurar as obras de arte. Depois levou tudo para alto-mar.

"É uma possibilidade fantástica para qualquer mergulhador. Visitar um naufrágio e ver uma exposição de arte", diz Andreas.

O endereço da exposição é latitude vinte e quatro graus, trinta e três minutos e longitude oitenta e um graus, quarenta e sete minutos. Em outras palavras, onze quilômetros de Key West, no sul da Flórida. Quarenta minutos de navegação.

É cair no mar e seguir a corda. No caminho, a dança da água-viva e o show de bolhas: é a respiração dos mergulhadores que estão à frente.

A porta de entrada é a proa. "Vida Abaixo da Superfície" - é o nome da exposição. Andreas é também meu guia e mostra as obras - uma a uma. Num canto, crianças aprontam alguma. No outro, um garoto vê de longe uma luta. No convés, a exibição das bailarinas e o show do garoto equilibrista.

Os retratos nos tocam de um jeito diferente. No corredor do navio, dois meninos brincam livremente e um louco é levado numa camisa de força.

No fundo mar, a academia é lugar de paquera e o cinema também.

O tempo de visitação é contado. Termina antes de o oxigênio acabar. Hora de subir. Até porque a exposição chegou ao fim.

Depois de quatro meses, com mais de dez mil visitantes, Andreas Franke decidiu levar os quadros embora. As luvas não são brancas, mas tratam as obras com o mesmo cuidado dos grandes museus. O mar começava a deixar marcas no vidro e o lodo já estava escondendo algumas imagens.

"Tenho agora as marcas do fundo do mar", conta Andreas, feliz com mais um elemento para a arte dele.

Fantástico: Motivo para uma nova exposição?
Andreas: "Claro, esses mesmos quadros vão estar em breve numa galeria acima da água."
Fantástico: E outra exposição no fundo do mar? Quando?
Andreas: "Vamos ver".

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