quinta-feira, 29 de março de 2012

Deputado pede investigação sobre cápsula radiotiva perdida pela Vale em São Luís

Do G.D. News 
A notícia de que a Vale perdeu em São Luís uma fonte radioativa que pode causar acidente, levou o deputado Marcos Caldas (PRB) a denunciar, da tribuna da Assembleia, que a Vale enterrou três equipamentos na ilha de São Luís e depois concretou. Em seguida, a Vale se arrependeu e quis retirar os equipamentos para entregar ao Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), mas só encontrou dois dos equipamentos que foram enterrados.

Marcos Caldas fez uma descrição do acidente com o Césio 137 ocorrido em Goiânia (GO), onde residia na época. Um aparelho de Raio-X, de um hospital, foi aberto num ferro velho e as crianças pegaram o césio, que brilha, e fizeram cordões e pulseiras, colocando no peito e nos braços. “Todos eles morreram. A menina Lady, de 5 anos, foi a primeira que morreu brincando com o produto químico”, lamentou. “Seu Devair, dono do ferro velho, perdeu a mão”, acrescentou.

Considerando o caso muito grave, o deputado quer formar uma comissão que convoque o cidadão que fez a denúncia para que ele relate o incidente ocorrido com o material radioativo nas dependências da Vale. E quer que o Conselho Nacional de Energia Nuclear investigue o assunto “para que não venha a acontecer aqui o que aconteceu em Goiânia”.

Conforme o relato de Marcos Caldas, em Goiânia, nas ruas por onde o Césio 137 passou, tiveram que derrubar casas, encaixotar a substância em tonéis, mataram cachorros e galinhas, todo animal que havia nas casas. Todo esse material está enterrado sob concreto em Aparecida, pois são 100 anos para por fim à radiação. Caldas lembra que Goiânia passou muito tempo discriminada. “Ninguém mais ia para Goiânia, ninguém comprava um boi de Goiânia, ninguém comprava nada”, recordou.

Marcos Caldas vai dar entrada em requerimento para que a Assembleia tome providências e acione o CNEN e os cidadãos que fazem a denúncia prestem esclarecimento para toda a população e que uma investigação indique onde está a cápsula radioativa que a Vale não encontrou. “Nós não podemos deixar uma cápsula como essa abandonada por aí. Não esqueçamos que São Luís é uma ilha”, afirmou.

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