terça-feira, 11 de setembro de 2012

Curiosidades de São Luís - Ruas, Becos, Largos e Ladeiras

Que tal um passeio pelas ruas, becos e ladeiras do Centro Antigo de São Luis num fim de tarde! A opção é uma maneira gostosa de conhecer pequenas historias que se tornaram curiosidades e fatos engraçados ao longo do tempo; de imediato, descobre-se uma variedade ruas que foram batizadas à vários séculos atrás com nomes curiosos.

Beco da Alfandega
A concentração dos primeiros armazéns alfandegários da ilha, originou o nome do logradouro pelo qual, até hoje, ainda é chamado.

O beco passou a ser chamado de Travessa Marcelino Almeida por determinação de uma Lei Municipal de 1924, em homenagem a um comerciante que se destacou pelo pioneirismo na exportação de amêndoas de babaçu.

Beco da Bosta
Também conhecido como Beco do Zé Coxo, da Baronesa, dos excrementos ou ainda, 28 de setembro. Entretanto, o nome original do Beco da Bosta é ainda o mais usado entre os ludovicenses.

Explicam os historiadores que o Beco ficou assim conhecido, porque era passagem dos negros quando iam jogar na maré as vasilhas com os excrementos das casas onde trabalhavam. A designação 28 de setembro foi uma homenagem à data em que foi sancionada a Lei do Ventre Livre. Uma Lei Municipal mudou, então, o nome para o Beco dos Excrementos e, mais tarde, com a construção de um sobradão a mando da Baronesa de São Bento, o local também ficou conhecido como o Beco da Baronesa.

Beco da Caela

Passou a ser Rua Maranhão Sobrinho em 1924 por determinação de Lei municipal para homenagear o poeta maranhense. Mas, o nome Beco do Caela tem uma historia engraçada. Pesquisadores narram que nessa rua vivia um português que gostava muito de uma criança, filha da vizinha. E este sempre dizia “Dê cá ela” e virou entre os populares “Caela”.

Beco da Pacotilha
Denominada originalmente como Beco da Pacotilha, Quebra Costa e/ou Quebra Bunda. Rua estreita e irregular, próximo ao Largo do Carmo, foi chamada também de Rua João Vital de Matos.
O nome Pacotilha vem da existência de um jornal de repercussão na época: A Pacotilha, que funcionou num prédio de azulejos verdes de propriedade do Barão de Coroatá.

Beco da Prensa
Esta rua é a continuação da 14 de julho, que também recebeu o nome de Rua da Relação. Ficou assim conhecido, porque lá existiu uma prensa de algodão.

Ladeira da Calçada – Beco Catarina Mina
Também conhecida como Beco Catarina Mina. Essa foi a forma de homenagear Catarina Rosa Ferreira de Jesus, comerciante negra que viveu no local.

Ladeira da Montanha Russa
Próximo ao prédio da Prefeitura, na Praça Dom Pedro II, dá acesso à Beira Mar.

Assim conhecida em virtude do declive acentuado que possui. Recebeu outras denominações como Beco da Cadeia, por fazer lembrar uma antiga cadeia pública. Situada atrás da antiga capela São Luis Rei de França, facilitava aos presos assistirem às missas. Outros nomes se seguiram como Travessa da Intendência, Travessa da Prefeitura, Rua Zenóbio da Costa e Rua Newton Prado.

Ladeira do Comercio
Inicia-se no Largo do Carmo (Praça João Lisboa). Esta ladeira também já foi rua e travessa: rua dos Barbeiros pela quantidade de profissionais que ali se encontravam; travessa Vira-Mundo e Ladeira do Comercio por ser trecho de acesso à Praia Grande. Era o Centro Comercial da época, pelo seu apogeu da economia local; hoje encanta os seus visitantes pela arquitetura dos antigos casarões. Também usou o nome de Rua Humberto de Campos, em homenagem ao escritor maranhense.

Largo da Forca Velha
No centro da Praça ostentava uma forca, onde eram executados os condenados. Foi por ordem do Ouvidor Geral do Crime, desembargador José Francisco Leal, em 1815. Já em 1849, passou a ser chamada de Praça da Alegria com certeza para tentar apagar o estigma do passado.

Hoje a praça é um centro de vendas de flores e um belo recanto para passar as tardes sentado em seus bancos para ler um livro ou mesmo passear sob sua frondosa arborização.

Localiza-se bem no centro da cidade com acesso fácil ao comércio da rua Grande e adjacências.

Largo do Carmo
Nesta praça aconteceu um dos mais importantes fatos históricos maranhenses, a batalha entre holandeses e portugueses, em 1643.

Este também foi o logradouro com grande movimentação social e eclético da cidade por muitos anos. Por ele passaram todos os movimentos políticos e sociais da cidade. Ladeada pela Igreja do Carmo, com suas escadas e fonte, e o Grêmio Lítero Recreativo Português, tendo ao seu centro o coreto de bares que viram a madrugada.

Seu nome foi dado em função do Convento e Igreja do Carmo, mas foi também chamada de Praça João Lisboa como homenagem ao mestre do jornalismo, João Francisco Lisboa, considerado um dos mais corretos escritores de nossa língua, e possui numa de suas alas a estátua francesa do escritor.

Largo dos Amores
Esta praça é uma das mais belas de São Luis. Localizada num promontório em frente ao rio Anil que permite uma vista da Ponte do São Francisco e do bairro do mesmo nome. Nela está a Igreja Nossa Senhora dos Remédios com sua exuberante arquitetura e a estátua do poeta maior maranhense Gonçalves Dias.

A praça já foi chamada de Largo dos Remédios e Praça Gonçalves Dias, mas os namorados a batizaram definitivamente de Largo dos Amores. Estes, sob a inspiração do poeta, encontram nos seus jardins lugar apropriado para suas paixões.

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SÃO LUÍS-MA: Nomes que fizeram história

Fonte: http://guiadeteresina.com/2012/04/nordeste-curiosidades-de-sao-luis.html

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